terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Foliões acionaram 39 vezes botão de emergência no Metrô durante o fim de semana

05/02/2018 - Istoé

Estadão Conteúdo

A Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos informou nesta segunda-feira, 5, que o botão de emergência nos trens do Metrô foram acionados 39 vezes no último fim de semana. A cidade foi tomada por foliões em blocos de pré-carnaval, mas esse mau comportamento, diz a pasta, fez com que as linhas fossem desenergizadas 15 vezes, o que também ocorreu em razão da existência de passageiros sentados na plataforma com as pernas voltadas para a via.

Em nota, a secretaria diz que os problemas causados por esses foliões fez com que as operações parciais nas linhas somassem 2h44. “O botão soco foi disparado irregularmente 39 vezes no último fim de semana, 25 delas na Linha 4-Amarela, 8 na Linha 2-Verde e outras 6 nas demais linhas de metrô. Além disso, na Linha 4-Amarela a alavanca de emergência foi acionada 9 vezes”, detalhou a pasta.

O balanço informou ainda que, no mesmo período, cinco usuários foram retirados das plataformas do sistema metroviário por estarem em situação de risco. Houve ainda um caso de um passageiro que tentou embarcar entre os vagões, mas foi contido pelos seguranças.

A secretaria informa que essas ocorrências provocaram desenergização das vias por 9 vezes no sábado, 3, durante 24 minutos e 6 vezes no domingo, causando 20 minutos de interferência na circulação dos trens. Na Linha 4-Amarela, houve 2 paradas com um total de 2 horas de operação parcial em função desses problemas.

“É fundamental que os cidadãos curtam o carnaval com civilidade e respeito aos demais usuários e ao patrimônio público. Esse tipo de ocorrência prejudica todo o sistema metroviário e, consequentemente, o atendimento à população. Estamos fazendo operação especial em função do carnaval devido à maior demanda e pedimos a colaboração e conscientização de todos para o uso adequado dos trens e estações”, declarou por nota o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Negociações para retomar obras da Linha 6 do Metrô fracassaram, diz governo

02/02/2018 - Estadão Conteúdo

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou nota na tarde desta sexta-feira, 2, em que afirma que as negociações feitas pelo consórcio Move São Paulo, responsável pelas obras paralisadas da futura Linha 6-Laranja do Metrô, e um grupo chinês que poderia retomar a empreitada fracassaram. Agora, o Estado deu prazo de 30 dias para que o consórcio retome os trabalhos, sob pena de rompimento do contrato por caducidade.

Caso o contrato de fato seja rompido, o governo do Estado terá de fazer uma nova licitação para tomar a obra, que construiria uma linha de Metrô entre a atual Estação São Joaquim, da Linha 1-Azul, e o bairro de Brasilândia, na zona norte, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Não há estimativa de prazos para essa nova licitação.

As obra estão paradas desde setembro de 2016. O consórcio, formado pelas empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, todas envolvidas com a Operação Lava Jato, vinha alegando dificuldade de obter uma linha de crédito com o Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazer a nova linha, que seria inteiramente construída com o uso de tatuzões.

Sem o financiamento, segundo o governo, as empreiteiras passaram a negociar a venda do consórcio ao grupo chinês China Railway Engineering Corporation Ltd., associada ao grupo japonês Mitsui, de material ferroviário, e da Ruasinvest, de transporte rodoviário.

“Acompanhávamos de perto essa transação entre as empresas privadas pois era de interesse público. Lamentamos que a compra da concessão não tenha se concretizado pois declarar a caducidade e dar início a um novo processo licitatório vai fazer com que as obras demorem mais tempo para serem retomadas e concluídas”, disse o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, na nota divulgada pelo Estado.

Pelas regras da PPP desta obra, caberia ao consórcio arcar com os custos de obras civis e a compra de trens e equipamentos de controle. Ao governo, caberia pagar pelas desapropriações de imóveis particulares que dariam lugar a estações e canteiros. O Estado argumenta que já cumpriu todas as etapas as quais era responsável. “Foram aportados pelo Governo do Estado até o momento R$ 694 milhões para pagamento de obras civis e R$ 979 milhões para pagamento das desapropriações de 371 ações”, diz o texto.

A reportagem procurou o consórcio Move São Paulo e aguarda um posicionamento da empresa para confirmar as informações divulgadas pelo governo estadual.

A secretaria informa ainda que, por causa da paralisação da obra, “até o momento já aplicou à concessionária três multas que totalizam R$ 72,8 milhões e estão em andamento outras seis autuações que somam R$ 43 milhões”.

https://istoe.com.br/negociacoes-para-retomar-obras-da-linha-6-do-metro-fracassaram-diz-governo/