quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Governador lança edital para licitação da linha 17-Ouro do Metrô e diz que obras devem durar três anos

Miguel Schincariol/Perspectiva/AE

publicado em 30/09/2010 às 12h59: atualizado em: 30/09/2010 às 14h00

Alberto Goldman afirmou que optou por modelo de trem elevado por ser mais barato

Camilla Rigi, do R7

Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB), participaram de lançamento do edital para as obras da linha 17-Ouro do Metrô

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), anunciou, no final da manhã desta quinta-feira (30), a abertura do edital de concorrência para a construção da linha 17-Ouro do Metrô, que vai ligar as regiões sul e sudoeste de São Paulo e o aeroporto de Congonhas à rede atual. Segundo Goldman, após a fase da licitação, a previsão é de que a linha seja entregue à população três anos depois do início das obras. 

Diferente das cinco linhas que funcionam atualmente na capital paulista, o novo trecho não deverá ser subterrâneo, com o transporte sendo realizado por monotrilho. Goldman justificou a escolha da tecnologia pelo custo que ela representa aos cofres públicos e pelos transtornos que uma obra subterrânea causa a uma cidade do porte de São Paulo. 

O governador estimou que são gastos cerca de R$ 400 milhões para cada um quilômetro de metrô subterrâneo. Já no caso do metrô aéreo - como o que deve ser feito na linha Ouro - o custo varia de R$ 160 a R$ 170 milhões por quilômetro construído. 

- Eventualmente [o metrô aéreo] pode afetar a paisagem de quem vai estar na beira da avenida, mas não é justificativa suficiente para deixar de fazer um metrô que vai custar um terço ou 40% em relação ao metrô que custaria duas vezes e meia a mais. Não teria sentido para qualquer administração envolver um volume de recursos tão elevado quando não há disponibilidade para tanto e há necessidade [desse recurso] em tantas e tantas áreas sociais e até de infraestrutura.

Na última audiência pública realizada para discutir o projeto, não houve um consenso entre a comunidade sobre se aceitava ou não a obra em via elevado. O governador, no entanto, declarou que o projeto é antigo e o metrô elevado é a melhor opção, mas afirmou que há possibilidade de discussão com a população para acrescentar algumas melhorias à proposta.

A nova linha está orçada em R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 1,3 bilhão do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e R$ 1,8 bilhão de verba do Estado. Serão 18 km de vias que devem transportar cerca de 230 mil passageiros por dia.

O governador também explicou porque essa obra, menor que a ampliação do Expresso Tiradentes que terá quase 24 km, será mais cara. 

- Cada linha é diferente. O volume de desapropriações são diferentes. No Expresso Tiradentes, a partir da região de São Mateus quase não haverá desapropriações.

A previsão, segundo Goldman, é que a obra dure cerca de três anos. Ele não deu previsão para término da licitação e assinatura do contrato para a construção da linha Ouro. 

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